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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CERCO DE JERICÓ


A narrativa de Js 6 é uma estratégia guerreira, bem estranha para os padrões bélicos, porém. Trata-se de uma profissão de fé de que é o Senhor que vence as batalhas, ele dá a vitória ao seu povo. Este ponto será reforçado em todos os níveis da tradição dos escritos bíblicos. Encontramos o mesmo espírito na batalha contra os Amalecitas (Ex 17,8-13), na vitória de Gedeão (Jz 7). Os salmos são fecundos em referências à confiança em Deus como caminho para a vitória. Os profetas insistirão para que os reis de Israel não procurem segurança na Assíria o no Egito, mas no somente no Senhor (Is 7,9).
No novo Testamento a obediência à palavra de Jesus tem o mesmo efeito: o fato extraordinário (Lc 5,1-11). A fé é a atitude adequada para o ser humano que precisa de uma intervenção divina. Esta fé é acompanhada pela súplica, que deve ser perseverante.
A teologia paulina tem seu fundamento na ação gratuita de Deus, que muda o coração do homem ímpio e o faz justo pelo simples fato dele crer, sem nenhuma ação adicional. O homem não precisa, nem deve confiar em prerrogativas de nenhum gênero, o que interessa é sua entrega confiante a Jesus Cristo. Ao ser humano restam duas possibilidades: viver para si mesmo ou viver para Deus (Gl 2,19), confiar “na carne” ou em Jesus Cristo.
 Como poderíamos atualizar este mesmo espírito de confiança? Pelo que colhemos dos textos bíblicos vemos que não é necessário repetir o ritual do cerco de Jericó. Toda oração confiante, em si mesma, reflete o espírito do “cerco de Jericó”. É claro que não é proibido fazer o cerco de Jericó.
Seria conveniente ver o terreno no qual foi retomando este ritual, dado que pode ter atrás de si uma teologia paralela às celebrações que a Tradição nos presenteou. A referência à oração do Rosário na Polônia por ocasião da primeira visita do Papa João Paulo II não fundamenta o que vemos hoje. Ademais, estamos em tempos de um misticismo exacerbado, com espírito novidadeiro. Não justifica fazer algo porque as pessoas gostam; é preciso discernimento, reflexão espiritual profunda. Não concedamos nada por superficialidade.
Renovemos em nós e ajudemos os cristãos a focar o centro: Jesus Cristo, o Messias crucificado para nossa salvação e ressuscitado para nossa justificação. A ele a glória para sempre. Amém.



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